O cigarro é mau em si?!
Prof. Carlos Ramalhete
Esta visão puritana, muito comum no meio protestante, é uma heresia de base gnóstica, muito comum no protestantismo.
Explico: a gnose, heresia surgida ainda no primeiro século, considera que a matéria é má em si, e que o objetivo do homem seria libertar-se da matéria para tornar-se puro espírito. Foi como resposta à Gnose que São João Evangelista escreveu por inspiração divina, logo no princípio de seu Evangelho, que “o Verbo se fez Carne”. Carne, logo matéria, matéria julgada intrinsecamente má pelos gnósticos. Para um gnóstico, esta frase é uma aberração, uma contradição. Para um gnóstico, se Deus é bom Ele não pode tornar-se matéria, que seria má.
O protestantismo tem uma grande parte de gnose. É por isso que a imensa maioria dos protestantes, por exemplo, recusa-se a admitir que a Santíssima Virgem Maria seja Mãe de Deus; apesar de considerarem que Jesus é Deus e ela é mãe de Jesus, eles não conseguem aceitar a conseqüência lógica disto (o fato de que ela é Mãe de Deus), por puro terror à matéria. Do mesmo modo, os protestantes em geral têm enormes dificuldades em aceitar a ação eficaz dos Sacramentos, pois isto significaria que Deus faz uso de matéria para o bem. Ora, se a matéria fosse má, como eles crêem, realmente o uso de uma coisa má deveria contaminar a coisa boa…
É por isso que é comum no meio protestante o chamado puritanismo. O puritano considera que algumas coisas são más, são más intrinsecamente. As coisas que mais comumente são encontradas nas listas de “coisas ruins” dos protestantes puritano-gnósticos são o álcool, as drogas ilícitas em geral (maconha, cocaína, etc.) e o tabaco. Alguns, mais afinados com os tempos modernos, adicionam a esta lista as armas de fogo.
Este artigo, que trata especialmente do caso do tabaco, pode ser também aplicado às outras coisas que os protestantes consideram “más em si”.
O cigarro, portanto, não é bom nem mau; como qualquer outra criatura, ele em si é moralmente neutro, e bom ou mau (ou ainda neutro) pode ser o seu uso.
O sujeito que fuma (e cheira cocaína, bebe tresloucadamente e dirige como um maníaco) por puro desejo de auto-destruição está fazendo um mau uso do cigarro (e da cocaína, e do álcool e do carro).
O sujeito que fuma porque deu vontade de fumar e o cigarro está ali está fazendo um uso moralmente neutro do cigarro.
O sujeito que fuma para se acalmar e poder ajudar melhor outra pessoa está fazendo um uso moralmente bom do cigarro.
Fumar seria pecaminoso por fazer mal ao corpo?
Um dos problemas graves da união da visão atual de culto ao corpo (em que, contrariamente à Sã Doutrina, as pessoas consideram que o corpo é o que há de mais importante, a saúde é o maior bem, etc, passando horas em academias e fazendo dietas, sem ver problema algum na fornicação) e da visão gnóstico-protestante de “coisas que são más em si” é o que ocorre no caso do cigarro.
Já vi, por incrível que pareça, gente defendendo que fumar é pecaminoso, porque (pasmem!) o corpo é Templo do Espírito Santo! Ora, o corpo ser Templo do Espírito Santo significa que o corpo não pode ser usado (ou melhor, não devemos deixar livres rédeas ao corpo) para atividades que são pecaminosas (fornicação, por exemplo). Uma coisa fazer mal fisicamente ao corpo não significa em absoluto, nem jamais poderia significar, que o Templo do Espírito Santo esteja sendo conspurcado, ou qualquer bobagem do gênero. Se fosse assim, a mortificação física seria pecaminosa, e não virtuosa. É confundir causa e efeito, devido à união de uma visão que vê o corpo como o Sumo Bem e substâncias como intrinsecamente boas ou más. Junta-se um com o outro e tem-se isso: substâncias que são consideradas intrinsecamente más porque “pecam contra” (ou, em outras palavras, fazem mal a) o corpo, considerado o Sumo Bem
Afinal, o que é pecaminoso não deve entrar no (ou sair do) corpo; não é porque algo entra e faz bem ou mal ao corpo que esta coisa é virtuosa ou pecaminosa…
Mas é isso que acontece quando se junta Paulo Cintura e Edir Macedo!
A pessoa não fumar como penitência (assim como não beber algo que gosta de beber, não comer carne, não fazer, em suma qualquer outra coisa agradável e moralmente boa ou neutra) é uma boa forma de penitência; a pessoa não fumar, ou deixar de fumar, por preocupação com a saúde pode ser bom ou mau (dependendo de para quê ela quer a saúde; se é para “ganhar mais mulher”, é péssimo); a pessoa deixar de fumar por achar que fumar é pecado, porém, é um erro grave de compreensão da Sã Doutrina.
É sim pecaminoso querer destruir o corpo, ou seja, em ter como objetivo do ato a destruição do corpo (a morte). Mais ainda, isto ocorre não por ser o corpo Templo do Espírito Santo – o que é outra coisa, que não tem absolutamente nada a ver com a saúde física ou sequer a sobrevivência da pessoa; o roqueiro que tentou salvar a moça que estava sendo assaltada e tomou um tiro não pecou (pelo contrário, fez um ato nobre) ao arriscar a sua vida -, sim por ser uma violação do Quinto Mandamento.
Do mesmo modo como comer uma comida que não faz bem para a saúde (sei lá, batatas fritas com muita gordura) não é pecaminoso, a não ser que a pessoa a coma como forma de suicídio (ou seja: o sujeito sabe que a maionese estragou, mas come para ter uma infecção intestinal e morrer), não é pecaminoso fumar, a não ser que haja a intenção de se matar fumando.
Provavelmente seria pecaminoso se um antitabagista convicto fumasse, porque na sua visão a única função do cigarro é matar. Assim, ao botar um cigarro na boca, ele estaria conscientemente e deliberadamente tentando o suicídio (forma besta de suicídio, aliás, posto que ele não iria morrer, e depois de algum tempo até continuaria a fumar sem ser mais por vontade de morrer, o que faria com que não estivesse mais pecando).
O problema, portanto, não é fazer mal ao corpo, mas sim matar deliberadamente. A medicina não pode matar alguém para devolver-lhe (ou a outrem) a saúde; é o caso dos transplantes cardíacos, que só podem ser feitos se o coração é tirado de uma pessoa ainda viva, e por isso são proibidos pela Igreja.
Já fazer mal ao próprio corpo é algo moralmente neutro, a não ser que seja por uma boa causa (por exemplo, a mortificação física), quando se torna um ato virtuoso, ou por razões más (por exemplo, vasectomia ou uso de pílulas anticoncepcionais para evitar filhos), caso em que se torna moralmente errado.
Fumar seria pecaminoso por ser um vício?!
É muito habitual entre falantes de português a confusão entre a noção médico-psicológica de vício (ato habitual e não necessário para a sobrevivência cuja descontinuidade provoca desconforto) e a noção teológica de vício (hábito de fazer algo desordenado, que tende a crescer). Um vício (no sentido médico-psicológico) não é necessariamente pecaminoso, a não ser que induza ao pecado.
Devemos lembrar que o pecado é um ato desordenado, ou seja, que não tem como fim último Aquele que é o princípio primeiro de todas as coisas. Ora, vícios (mais uma vez, no sentido médico-psicológico), sejam de cigarros, morfina, cocaína, o que quer que seja, não têm necessariamente atuação desordenada.
Um exemplo mais claro disso pode ser, por exemplo, o de um soldado que injeta morfina para poder continuar a lutar em uma guerra justa. Neste caso, o uso da morfina é virtuoso. Seria deixar de lado o seu dever não fazer uso da morfina por medo de viciar-se. Se este soldado ficar viciado, ele não estará pecando em absoluto devido ao seu vício. Encerrada a guerra, se ele continuar viciado, se não for necessário cometer nenhum pecado (roubo, por exemplo) para continuar a obter sua morfina, ele não estará pecando se continuar a usá-la.
O mesmo ocorre com o cigarro; se o fumante começou a fumar para impressionar as menininhas, por exemplo, ele pecou. Se começou a fumar porque todos fumavam no ambiente em que estava, foi um ato moralmente neutro. Se começou a fumar porque, digamos, era a única maneira de manter-se acordado em seus turnos de sentinela como soldado, foi um ato virtuoso. Se para continuar fumando ele não tiver que cometer algum pecado, não haverá pecado algum em continuar fumando após o fim da necessidade.
Fumar é vício apenas no sentido médico-psicológico. Ora, vícios (neste sentido, não no teológico) não são necessariamente desordenados. Se é por aí, eu sou viciado em ler e em usar ar-condicionado no verão…
Outra diferença é no tipo de “crescimento” que ocorre no “vício” (no sentido médico-psicológico) e no vício (no sentido teológico). O uso da droga ou o comportamento compulsivo do viciado cresce quantitativamente por aumentar a sua tolerância (ou seja: para atingir o mesmo efeito ele precisa de dose quantitativamente maior). Já crescimento no vício (no sentido teológico) não é em quantidade, mas em intensidade, ou seja: a luxúria, se não é controlada, tende a ficar cada vez mais depravada. A pessoa que cede a este vício não se contenta mais com as relações conjugais habituais. Ela procura coisas cada vez mais estranhas, até acabar precisando de anões besuntados, bodes e carrinhos de mão para saciar sua luxúria. 🙂
Do mesmo modo, quem cede à gula não se contenta com feijão com arroz e batatas fritas. Ele pode comer só três vezes por dia, mas vai querer escargots amanteigados com folhinhas tenras de alface crespa da Polinésia Ocidental.
A analogia, que é fácil de fazer – e que por falta de uma precisão maior no que eu escrevi vc já fez – entre os hábitos causadores de dependência psicológica ou física e os vícios (no sentido teológico) é o que levou a língua portuguesa a chamar de “vício” estes hábitos. Este mal-entendido todo, por exemplo, não teria ocorrido se esta conversa fosse em inglês, pois nesta língua os vícios, no sentido teológico, chamam-se “vice”e os “vícios” no sentido médico-psicológico são chamados “addiction”. É por isso que a Polícia de Costumes (que trata de prostituição, jogatina, etc.), em inglês é chamada de “Vice Squad” (lembram-se do seriado “Miami Vice”? Nunca vi, mas o nome diz tudo). Eles não tratam de “addiction”, mas de “vice”.
É por isso que muitos fazem esta confusão, abrindo o Catecismo e lendo as passagens que tratam de vícios (que evidentemente, no Catecismo, são vícios no sentido teológico do termo) como se tratassem de hábitos causadores de dependência (ou seja, de “vícios” no sentido médico-psicológico, como o do cigarro, da cocaína, do álcool, etc.).
Os vícios de que trata o Catecismo são Soberba, Avareza, Luxúria, Ira, Gula, Inveja e Preguiça, não cigarro, cachaça, etc.
Fumar seria contrário à natureza, logo pecaminoso?
Muitos anti-tabagistas afirmam que fumar seria “contrário à natureza”, por não ser um impulso natural do homem tragar fumaça. Isto, segundo eles, faria do ato de fumar um pecado, posto que são considerados pecados os atos contrários à natureza (como a masturbação, a sodomia, etc.).
Há porém uma diferença básica e elementar entre estes dois sentidos da expressão “contrário à natureza”: a masturbação é um ato intrinsecamente desordenado, pois é (no sentido teológico) contrário à natureza. Assim, a pessoa que se masturba estará sempre pecando (a não ser que seja um doente mental que não percebe o que faz), pois estará cometendo um ato que é sempre desordenado. Fumar é um ato moralmente neutro, e pode ser pecaminoso, neutro ou virtuoso de acordo com a intenção. Não é, porém, um ato contrário à natureza, teologicamente falando.
Devemos ter cuidado com a expressão “contrário à natureza”. Em termos teológicos (ou seja, se usarmos a palavra “natureza” no sentido teológico, de natureza humana marcada pelo Pecado Original), nem fumar, nem beber até cair duro, nem cheirar cocaína, etc., contrariam a natureza. Já a masturbação contraria. Por outro lado, em termos médico-psicológicos, masturbação não contraria a natureza mas beber álcool contraria.
Não devemos confundir o termo em seu sentido teológico e em seu sentido médico-psicológico. Teologicamente falando, não há absolutamente nada de contrário à natureza nas drogas (qualquer droga, da aspirina ao cigarro, passando pelo álcool e pelo AZT), pois faz parte das capacidades naturais do homem modificar a natureza e usá-la para atingir seus objetivos. Em termos médico-psicológicos, nenhuma droga é natural (é por isso que dizem os médicos que uma cura causada por mecanismos psicológicos ou físicos próprios do indivíduo, sem drogas, é uma “cura natural”).
Assim, teologicamente falando, se alguém deseja ficar com o peito ardendo, os olhos cheios d’água e tossindo (por exemplo, para não fazer uma coisa errada que seria forçada a fazer caso estivesse em boa saúde), é perfeitamente natural ir cheirar o lixo sendo queimado; afinal, a pessoa estaria usando a sua capacidade natural de transformar a natureza e usá-la para o objetivo que deseja. Em termos médicos, isto não seria natural; o que seria considerado natural seria a pessoa, por exemplo, ter uma diarréia ou outro psicossomatismo.
Fumar seria um ato intrinsecamente desordenado, logo pecaminoso?!
Alguns antitabagistas consideram que fumar seria um ato desordenado, logo pecaminoso, porque o fumante não tem hora para fumar.
Devemos lembrar que desordenado (termo teológico, mais uma vez), não tem nada a ver com bagunçado. Tem a ver com o objetivo do ato, que deve levar a Deus, de Quem tudo vem. É por isso que, ainda que o adúltero cometa adultério sempre na mesma hora do mesmo dia, com as mesmas roupas, a mesma amante, no mesmo lugar e com os mesmos movimentos, o ato é desordenado. Não tem a ver com o sentido comum de “desordem”, sim com o sentido teológico.
“Vícios” no sentido médico-psicológico, não, ou ao menos não por serem chamados vícios. Hoje, por exemplo, já há médicos que consideram que a masturbação compulsiva pode ser chamada vício. Ela é vício no sentido teológico por ser masturbação, e no sentido médico-psicológico por ser compulsiva.
Deveríamos nos abster de fumar para evitar escandalizar os irmãos?
Outros afirmam que se o ato de fumar escandaliza aqueles que acham que isso é pecaminoso, devemos evitar fumar para não escandalizá-los.
Há porém uma diferença enorme em questão: não se trata de simplesmente algo que possa tornar-se motivo de escândalo (como o comer carnes oferecidas aos ídolos, que não fazem mal mas podem levar alguém a considerar que a pessoa está partilhando do sacrifício aos ídolos, e não só comendo carne), mas de uma heresia (o puritanismo protestante, de origem gnóstica) que está tentando forçar a sua entrada na Igreja. Não se trata de opinião; quem quiser fumar, fume, quem não quiser não fume. Se Fulano não quer que fumem na casa dele, é um direito. Eu também não quero que ouçam música eletrônica na minha casa, e uma pessoa que não gosta de flores tem todo o direito de proibir a entrada delas em sua casa.
O problema é quando a razão da atitude é herética. Fulano pode perfeitamente defender a sua proibição de fumar em sua casa com os argumentos da propriedade (a casa é dele, e dentro da casa dele faz-se o que ele aceita que seja feito, desde que não seja contrário à Lei de Deus) e até da saúde (ele teme danos à saúde causados pelo cigarro). Ele não pode, entretanto, proibir fumar em sua casa pela mesma razão que ele proibiria, digamos, que sua casa fosse usada para cometer adultério (ou seja, por considerar pecaminoso fumar e não querer ser cúmplice no pecado). Isto estaria errado.
Defendo o direito de quem quer que seja de proibir fumar, usar roupa de uma cor ou outra que não lhe agrada, usar sapatos, etc. É a vontade do dono da casa, que deve ser respeitada em sua casa. Se a pessoa começasse, porém, a defender sua proibição afirmando que fumar é pecado, roupa preta traz maus fluidos e sapatos impedem o contato com a energia telúrica, estaria comprando uma briga comigo.
Resumindo…
Fumar não é pecaminoso. Não se pode acusar um fumante de estar pecando ao fumar.
Fumar pode perfeitamente fazer mal à saúde, e uma pessoa que tenha razões para querer ter boa saúde tem todo o direito de não fumar. Do mesmo modo, uma argumentação contra o fumo que seja baseada em seus danos à saúde é perfeitamente aceitável.
Do mesmo modo, o direito dos proprietários de residências e outras áreas particulares de exigir que não se fume em suas propriedades é lícito.
O que não é lícito e não é aceitável é acusar o fumante de pecar por fumar. Fuma quem quer, não fuma quem não quer. Nenhum dos dois, por esta razão, está pecando.
E nem é intrinsicamente pecaminoso fumar maconha ou cheirar cocaína, nem mesmo fumar crack. Para a maconha eu não consigo nem imaginar intenções pecaminosas possíveis para usá-la, para as outras duas não é difícil: mas a maldade do homem desconhece limites, de forma que por certo as há.
Mas contribuir financeiramente com quem sabemos que comete pecados graves, e que nosso dinheiro financiará esses mesmos pecados, aí sim é pecado: tão pecado quanto pagar impostos de boa vontade.
Gostei muito do artigo. No entanto eu ainda adicionaria outro fator:
Como vemos nas próprias escrituras, a respeito do alcool em particular, a sua mera ingestão não pode constituir um pecado, pois vemos que Jesus transformou agua em vinho nas bodas de Canaã.
Entretanto nas epistolas paulinas vemos a advertencia de que “…os embriagados…não herdarão o reino de Deus.”
Ora, como foi citado, nota-se que a embriaguez constitui um vício, e isso ocorre pela razão de que o alcool em excesso igual que drogas pesadas (maconha, cocaina, etc) tem o poder de alterar o estado de espírito da pessoa, enfraquecendo sua vontade racional e entragando-o progressivamente aos impulsos que acabam por ser maus. Vale lembrar que em inglês, uma outra denominação para as bebidas alcóolicas é “spirits”.
Agora embora esta citação a respeito do alcool pareça desvirtuar o foco do artigo que refer-se ao cigarro, ele na verdade vem dar ainda mais respaldo ao fato de que o cigarro não tem como constituir um vício devido a esse fator (alterar o espírito da pessoa), isso porque, o tabaco corrente (claro, excluindo-se fumos fortes como a maconha ou crack) não tem a propriedade de induzir a alterações de consciencia, comportamento ou até mesmo humor.
Horas, nunca se ouviu falar de alguem que matou outra pessoa por haver fumado muito, ou que provocou um acidente de carro por excesso de fumo, ou que ao fumar tenha seu comportamento alterado da mesma forma que um bêbado.
Portanto, o cigarro em si, na minha opinião, pode-se dizer de ser um dogra neutra no sentido pleno da palavra, embora ela possa tornar-se incoveniente em determinadas ocasiões e situações (São Pio X ao assumir o trono pontífico deixou este habito segundo uma biografia que li).