A CANONIZAÇÃO DE ESCRIVÁ DE BALAGUER
Em todos os processos de canonização sempre foi norma se proceder a uma cuidadosa pesquisa de todos os escritos do servo de Deus, além de ser imprescindível que ele tenha fama de santidade, uma vida edificante, heroicidade de virtudes e milagres.
Encontramos tais quesitos na vida de Josemaria Escrivá de Balaguer?
Primeiramente, fazendo menção aos seus escritos torna-se relevante evocar que o livro “Caminhos”, da autoria de Escrivá, quando começou a circular em Campos foi condenado pelos nossos padres que mandavam, inclusive, que os fiéis o rasgassem. Bela recepção a obra de um santo!
Josemaria Escrivá jamais gozou de qualquer reputação que se assemelhasse à santidade e sua vida, que deveria ter sido exemplar, carece dos mais rudimentares princípios que uma sociedade religiosa exige. Era homem com um palavreado chulo enxertado de obscenidades. O jornalista Lenildo Tabosa, em sua coluna no “0 Estado de São Paulo”, logo após a beatificação ocorrida em 1992, não teve pejo em publicar expressões do beato empregando palavras de baixo calão que a moral católica não nos permite transcrever aqui.
Além de desbocado, era homem de temperamento forte, violento, e comportamento polêmico, conforme destacou o jornalista Tabosa, especialista em assuntos concernentes ao Vaticano no diário paulista.
Quanto às suas virtudes, é interessante recordar que sua ex secretária particular, Maria Del Carmen Tapia, que passou grande parte de sua vida na Opus Dei (organização fundada por Escrivá) na qual ela chegou a ocupar significativos cargos de direção, foi impedida de falar no processo de beatificação, acusada de “comportamento depravado”.
Qual o santo que teria por secretária uma libertina e ainda mais, a agraciaria com importantes cargos na instituição religiosa?
Isto por si só deveria constituir um ponto altamente negativo à sua santidade na instrução do processo.
Como já havíamos observado certa feita, não deixaram a ex-secretária Maria Del Carmen falar no processo de Escrivá porque ela certamente teria muita coisa a dizer que incomodaria, E MUITO, os que se apressaram a concluir o processo.
No entanto, sua beatificação foi a mais rápida da história da Igreja (ele morreu em 1975). Explica-se: – o Concilio Vaticano II necessitava de um “santo” para se consolidar e ninguém encarnava melhor o espírito do concílio do que Escrivá de Balaguer. Na sua instituição eram recebidas pessoas de todas as religiões. Tanto os Cristãos como não-Cristãos tinham lugar na Opus Dei, um movimento de leigos anterior ao Concílio Vaticano II que atende a um de seus principais objetivos: que a Igreja se tornasse menos hierárquica e mais popular. O novo santo costumava dizer que o PLURALISMO (tantas vezes condenado pela Igreja) era “querido e amado”. Ensinava, contrariamente a N.S. Jesus Cristo, que os leigos não devem desprezar o mundo.
Eis o santo do Concilio Vaticano II!
E A INFALIBILIDADE, COMO FICA?
Alguém, com certa dose de razão, haverá de argüir: – com a canonização de Josemaria Escrivá, como fica a infalibilidade pontifícia?
Para responder esta indagação torna-se imperioso recorrer aos tempos antigos a fim de melhor entender as canonizações. Durante o primeiro milênio não eram os papas que declaravam bem-aventurados os que entregavam suas almas a Deus em odor de santidade. Quem canonizava os santos era a piedade dos fiéis católicos, com uma certa assisténcia de seus bispos e a anuência do Soberano Pontífice. Como certamente ocorriam alguns abusos o papa determinou que as canonizações passassem a ser da sua exclusiva competência. Foi somente em 1170 que um papa (Alexandre III) emitiu o primeiro documento a esse respeito, conforme nos mostra o Revmo. Pe. Alvaro Calderón em excelente artigo sobre o assunto.
Já no período pós-conciliar o papa Paulo VI concedeu aos bispos e as conferências episcopais autoridade para formar processos de instrução para beatificações, antes privilégio exclusivo da Congregação Romana. As inovações de Paulo VI, como se lê no Osservatore Romano (12-4-69) citado pelo Pe. Calderón, “abrem indiscutivelmente uma nova época na história das canonizações e beatificaçóes”.
No Código de Direito Canônico João Paulo II publica que “as causas de canonização dos servos de Deus se regem por uma lei pontifícia peculiar” (Cânon 1403 § 1 – grifo nosso).
Em matéria de doutrina todos sabemos que o papa é infalível quando se pronuncia “ex-cathedra”. Como o Pontífice hoje concede aos bispos “o direito de introduzir as causas de canonizações e instruir os processos sem a necessidade de autorização da Congregação Romana”, como pode se entender como um pronunciamento “ex-cathedra” uma canonização baseada na “na confiança, na prudência e honestidade dos procedimentos diocesanos” portanto de homens que podem cometer erros: e que nem sempre primam pela imparcialidade? Ou ainda de testemunhas nem sempre confiáveis?
Um fato que merece a nossa atenção conforme as estatísticas apresentadas pelo Rev. Pe. Calderón é que de 1594 a 1958 foram canonizados 215 santos, enquanto as canonizações realizadas após esse período chegam ao espantoso número de 462 até o Pe. Pio. Ou seja, foram elevados às honras dos altares nos últimos 44 anos mais de o dobro de santos na Santa Igreja em 364 anos. Quanto as beatificações ultrapassam a casa de 934 beatos.
As canonizações eram um acontecimento, uma festa, um fato extraordinário na Santa Igreja. Hoje tornou-se comum, corriqueiro, devido o número elevado de canonizaçóes e beatificações.
Assim, “as canonizações no magistério pontifício de hoje já não devem ser consideradas atos do magistério extraordinário do Romano Pontífice, mas sim atos próprios do seu Magistério ordinário” (Pe. Alvaro Calderón).
Finalizando, queremos crer que o único milagre de Josemaria Escrivá de Balaguer foi mesmo a sua canonização.
Os católicos dos 10 primeiros séculos, responsáveis pelas canonizações sem, contudo, gozar de qualquer prerrogativa infalível, como é óbvio, haveriam de se sentir escandalizados com a canonização de Josemaria Escrivá de Balaguer.
E nós também !..
Fonte: O defensor da Tradição (Dezembro de 2002 – Janeiro de 2003)
depois do concilio vaticano ii todo mundo e santo ate helena guerra dos carismatico
e impossivel ser santo com essa missa nova
salve maria!!
o mais estranho disso,é que a sua canonização coincidiu exatamente com o pagamento das dívidas do Banco do Vaticano pelo “OPUS JUDEI”!
OPUS DEI! QUI TOLLIS PECÚNIA MUNDI! DONA NOBIS PARTEM!